terça-feira, 12 de maio de 2009

Padrão de leitura em f

Padrão F aponta comportamento de usuários de internet
Um estudo realizado pela consultoria norte-americana Nielsen/Norman Group revela uma característica sobre o comportamento das pessoas que utilizam a internet. Trata-se do "padrão F", expressão criada para descrever o caminho que o olho humano costuma fazer durante a leitura de notícias e textos na web. Primeiro, diz o estudo, o olhar do usuário percorre horizontalmente a parte superior da página. Depois, repete a ação um pouco mais embaixo. Finalmente, o olho faz um percurso vertical de cima para baixo. Outra conclusão: normalmente, a pessoa movimenta os olhos com mais velocidade ao ler os textos na web do que ao lê-los em papel. Esse aspecto reforça o nome escolhido para o padrão de leitura na internet: "F" é para a inicial de fast [rápido]. Não por acaso, conclui a pesquisa, os internautas raramente concluem a leitura de um texto.

Para fazer o mapeamento, a Nielsen/Norman observou 232 internautas. Os resultados da pesquisa podem ter implicações na forma como são organizadas as páginas na internet. Segundo a consultoria, como as pessoas lêem de forma diferenciada na web, o responsável pelo conteúdo precisa escrever de forma diferente também. Uma das dicas da consultoria para atrair a atenção é usar palavras fortes no começo de cada um dos primeiros parágrafos – como forma de manter o internauta interessado por mais tempo. Outra medida é concentrar as informações mais relevantes nos primeiros dois parágrafos do texto

Webwriting

Webwriting é um conjunto de técnicas que auxiliam na distribuição de conteúdo informativo em ambientes digitais. Essa “distribuição” faz–se, por exemplo, pelas diversas camadas de um site, sendo a primeira camada a primeira página e, a segunda camada, as páginas que surgem a partir dos itens do menu principal – e assim por diante. E por que “ambientes digitais”? Em webwriting, o campo de ação são intranets, cds-rom, wireless, e não apenas sites internet.

Em webwriting, a preocupação é com a informação como um todo, seja ela ícone, foto, filme, som e, claro, texto. Desta forma, o texto é visto, em ambientes multimídia, como um dos elementos da informação digital. Traduzir webwriting como redação online não só é um erro, como também restringe uma área que tem um poder de fogo muito mais amplo.

Por que o termo “webwriting” ainda sobrevive, então? Tanto a Rede quanto o webwriting ainda são áreas que vivem seus primeiros momentos, mas a evolução é muito rápida. É provável que, em breve, o termo seja substituído por “Gestão da Informação Digital”, ou algo semelhante.

Webwriting é a mesma coisa que jornalismo online? Jornalismo online é o *ramo* do webwriting dedicado à produção de informação *noticiosa* online. Quem lida com jornalismo online são as versões para internet de veículos noticiosos impressos, por exemplo. Os profissionais que produzem conteúdo informativo para sites internet e intranets de empresas dedicam–se a informações institucionais, e este trabalho é chamado de webwriting corporativo - e não jornalismo online.

Quem deu a devida importância ao estudo da informação para a mídia digital foi Jakob Nielsen, mais conhecido pela ciência que ajudou a desenvolver, a usabilidade. Foi Jakob Nielsen que, em março de 1997, publicou em seu site - www.useit.com - o resultado da aplicação de testes voltados para o comportamento do texto no ambiente online. Ao provar que o usuário exige uma boa formatação de texto para a web, ele chamou a atenção para a necessidade de estudo e dedicação à área da informação digital.

O webwriting está evoluindo? Muito. Há diversos textos, aqui mesmo no Webinsider, sobre gestão do conhecimento, segundo nível de evolução do webwriting. Qual o primeiro? A arquitetura da informação, hoje em dia importantíssima para o profissional que se dedica à informação digital.

sábado, 11 de abril de 2009

Casa do Maribondo, o blog do Luca Maribondo

O blog Casa do Maribondo está começando uma nova fase. Agora é mais moderno, mais dinâmico e principalmente mais amplo. Ainda está em fase experimental, mas logo vai estar funcionando a todo vapor. Acesse pra você conhecer. Clique aqui.

Casa do Maribondo

domingo, 5 de abril de 2009

Nuvem na parede

RIO DE JANEIRO — Um dia, Danuza Leão me disse que preferia casar com jornalistas porque eles eram safos, saíam tarde do trabalho e, ao chegar em casa, contavam os bastidores das notícias. Isso descreve os três homens com quem ela foi historicamente ligada: Samuel Wainer, Antonio Maria e Renato Machado. Mas, pelo menos até há pouco, a maioria dos jornalistas correspondia a essa descrição.

Estivesse hoje a fim de casar de novo, Danuza não teria tanta escolha, pelo menos aqui no Rio. Desde quarta-feira, por exigência do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, repórteres, redatores, fotógrafos, diagramadores etc. estão obrigados a assinar o ponto ao entrar e ao sair de suas redações.

Com isso, ficamos avisados: se um carioca cometer algo que se possa chamar de notícia, que seja dentro das oito horas do expediente dos profissionais. E, de preferência, não nos 60 minutos reservados ao almoço ou descanso remunerado embutidos nas sagradas oito horas. Fora desse turno, o repórter estará na lei se não tomar conhecimento do assunto, poupando o patrão de pagar-lhe as horas extras previstas pelo sindicato.

Há anos, num congresso da categoria, um repórter de festejada revista semanal disse que o jornalismo era uma profissão "como outra qualquer". Pedi vênia para discordar. Aleguei que, encerrada a jornada, um tocador de oficlide, um amestrador de pulgas ou um taxidermista volta para casa, retoma sua condição humana e se desliga de sua profissão. O jornalista não.

Como sua matéria-prima é a informação, principalmente a que entra, ele não desliga nunca. O bombardeio não para. Até quando dorme e sonha ele recebe informações. Logo, não é uma profissão como outra qualquer. Impor relógio de ponto ao jornalista é como querer espetar uma nuvem na parede.

Texto de Ruy Castro, colunista do jornal Folha de S.Paulo, publicado em 4/4/2009

terça-feira, 24 de março de 2009

Começando

Esta é a abertura do blog Drina-Thera,dominado pelo locutor que vos fala, Luca Maribondo, ilustre jornalista das plagas pantaneiras.